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No Labirintto Z

"Este labirinto [ruas indefinidas] de linhas retas, não de complexidade, aonde o leva o tempo de um homem cuja verdadeira vida está longe." (Jorge Luis Borges)

No Labirintto Z

"Este labirinto [ruas indefinidas] de linhas retas, não de complexidade, aonde o leva o tempo de um homem cuja verdadeira vida está longe." (Jorge Luis Borges)

Resíduo

24.08.11, Zana
De tudo ficou um pouco Do meu medo. Do teu asco. Dos gritos gagos. Da rosa ficou um pouco.   Ficou um pouco de luz captada no chapéu. Nos olhos do rufião de ternura ficou um pouco (muito pouco).   Pouco ficou deste pó de que teu branco sapato se cobriu. Ficaram poucas roupas, poucos véus rotos pouco, pouco, muito pouco.   Mas de tudo fica um pouco. Da ponte bombardeada, de duas folhas de grama, do maço ― vazio ―  de cigarros, ficou um pouco.   Pois de (...)

A noite dissolve os homens

22.11.07, Zana
A noite desceu. Que noite! Já não enxergo meus irmãos. E nem tão pouco os rumores que outrora me perturbavam. A noite desceu. Nas casas, nas ruas onde se combate, nos campos desfalecidos, a noite espalhou o medo e a total incompreensão. A noite caiu. Tremenda, sem esperança... Os suspiros acusam a presença negra que paralisa os guerreiros. E o amor não abre caminho na noite. A noite é mortal, completa, sem reticências, a noite dissolve os homens, diz que é inútil sofrer, (...)