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No Labirintto Z

"Este labirinto [ruas indefinidas] de linhas retas, não de complexidade, aonde o leva o tempo de um homem cuja verdadeira vida está longe." (Jorge Luis Borges)

No Labirintto Z

"Este labirinto [ruas indefinidas] de linhas retas, não de complexidade, aonde o leva o tempo de um homem cuja verdadeira vida está longe." (Jorge Luis Borges)

FELIZ ANO NOVO!!!!

27.12.06, Zana
Esperança
Mário Quintana

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Teu nome

23.12.06, Zana

Teu Nome

Teu nome foi um sonho do passado;
Foi um murmúrio eterno em meus ouvidos;
Foi som de uma harpa que embalou-me a vida
Foi um sorriso d'alma entre gemidos!

Teu nome foi um eco de soluços
Entre as minhas canções, entre os meus prantos;
Foi tudo que eu amei, que eu resumia:
Dores... prazer... ventura... amor... encantos!

Escrevi-o nos troncos do arvoredo,
Nas alvas praias, onde bate o mar;
Das estrelas fiz letras - soletrei-o,
Por noite bela, ao mórbido luar!

Escrevi-o nos prados verdejantes
Com as folhas da rosa ou da açucena!
Oh! quantas vezes na asa perfumada
Correu das brisas em manhã serena!

Mas na estrela morreu; caiu nos troncos;
Nas praias se apagou; murchou nas flores;
Só guardado ficou-me, aqui, no peito
- Saudade ou maldição dos teus amores.

José Bonifácio